quinta-feira, 19 de março de 2009

Invasão de Privacidade!

Que mulher nunca quis invadir o mundo masculino e descobrir alguns segredos? Ou mesmo saber como eles agem quando estão longe delas? Pois bem, a jornalista americana Norah Vincent, invadiu esse espaço para responder algumas perguntas e ver se realmente os homens vivem melhor do que as mulheres, e conta tudo no livro “Feito Homem”.

Com o nome Ned, Norah se vestiu de homem por um ano e meio, viveu e observou esse universo, talvez nunca explorado por outra mulher, mas que sempre fez parte da curiosidade feminina. Segundo a autora, foi muito difícil ser um homem e a vida deles não é assim tão fácil.

Durante sua jornada, utilizando barba falsa, um sutiã especial para esconder seus seios, um corte de cabelo estilo escovinha, Norah participou de um time masculino de boliche, foi a clubes de strip-tease, foi a encontros amorosos, trabalhou como um homem, entrou em um mosteiro e, por último, participou de um grupo de homens, no qual eles falavam de seus problemas e pelo o que estavam vivendo, apesar de neste lugar não ser permitida a presença de mulheres. A autora passou por cinco estados e três regiões diferentes dos Estados Unidos.

Essa experiência teve consequências para Norah que ela nem imaginava. Ela começou a sofrer de depressão, justamente por ter se transformado em outra pessoa, que não era, de forma alguma, parecida com ela. Mudou seu modo de rir, falar e de se expressar. Com isso, Norah afirma que é feliz do jeito que é: uma mulher.

Após a leitura desse livro percebe-se que a vida dos homens não é sempre as mil maravilhas e que eles vivem em constante pressão, tanto dos amigos e chefes, como deles mesmos. Sempre tomando cuidado com o modo como vão agir, olhar e falar, para não serem mal entendidos.

O mundo masculino pode ser, muitas vezes, fascinante quando olhado de fora, porém quando se está inserido, parece ser mais complexo que o universo feminino.

Abaixo um trecho do livro, só para aguçar a curiosidade:


“Tive a ideia deste livro quando me fantasiei pela primeira vez para uma festa de drags. (...) Na época, eu estava saindo muito na companhia de uma drag king que eu havia conhecido através de amigos. Ela costumava se travestir e me fazer tirar fotos dela fantasiada. Certa noite, me desafiou a me fantasiar com ela e sair pela cidade. Eu sempre quis tentar passar por homem em público, só para ver se conseguia, e por isso concordei. (...) comecei a pensar que, se depois de ficar travestida durante algumas horas eu havia aprendido um segredo tão importante sobre a maneira como os homens e as mulheres se comunicam uns com os outros, e sobre os códigos silenciosos da experiência masculina, será que eu não conseguiria observar potencialmente muito mais sobre as diferenças sociais entre os sexos se me passasse por homem durante um período de tempo mais longo?”

6 comentários:

Anônimo disse...

Vcs mulheres se preocupam mto c/ agente....Vivema vida d vcs...sem +, kkkkkk!
Bjs!

Michele Roza disse...

Sem demagogias, a autora do livro foi fodona. E não porque tem curiosidade simplesmente pelo sexo oposto, mas pq tem curiosidade pelo ser humano, a ponto de trocar de identidade para entrar mais fundo (sem piadinhas) no íntimo de um ser um tanto quanto desconhecido, ou melhor, enigmático para ela... e para tantas.

Cataldi disse...

Eu acho que muita gente ja teve essa curiosidade, mas ela teve a coragem!
Mto interessante a matéria!!

Pâmela Alves disse...

Acho que não foi só a curiosidade em saber como os homens vivem que fez essa jornalista se vestir de homem por tanto tempo, ela teve curiosidade e coragem em assumir que a natureza humana não é tão diferente como pensamos. Afinal é o que dizem, só sabemos o que o outro passa quando sentimos o que ele passou.

Anônimo disse...

Putz, agora eu quero muito ler esse livro! Será que a mulher é tão boa que ninguém suspeitou?!

Unknown disse...

Apesar de admirar a coragem e audácia dela, é fato que mesmo ela tendo "vivido" como um homem durante um certo tempo, isso não é suficiente para lhe dar a exata dimensão do que é ser um homem, pois acredito que grande parte das características que formam a personalidade e o caráter de uma pessoa, tanto masculino quanto o feminino, depende muito de sua infância. Desde o modo com que seus pais o tratavam, até o ambiente familiar em que cresceu.
Mas apesar disso, reitero que é uma pesquisa bastante interessante e o trabalho dela deve ser (e muito) admirado, principalmente pela coragem. Tenho certeza que nenhum homem vai se atrever a fazer o mesmo que ela. Eu não teria! Rs

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